domingo, 22 de maio de 2016
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Se você acredita que a “larga” intensidade do seu sentimento por alguém é amor, cuidado. Você pode ser um doente obsessivo.
Um dia você conhece alguém e se apaixona. Sente aquele friozinho no estômago e seus olhos reviram só de pensar nela. Da hora em que acorda até ir dormir novamente, a tal pessoa não sai da sua cabeça. Tudo o que você mais quer é ficar junto da tal pessoa. Até aqui, tudo bem, afinal, paixão é assim mesmo, intensa, forte. Suspiramos sem motivos e brota aquela sensação de que o mundo é colorido. Com o tempo, é possível crescer para o amor, aquele gostoso de “encontrei minha metade”. Se é correspondido ou não, são outros 500. Porém, há certas características importantes que diferenciam o amor da obsessão.

No amor, caso seja recíproco, o relacionamento tende a tornar-se mais sereno, menos agitado. Caso não seja, em algum momento passa. Na obsessão a intensidade é contínua e constante, e com o passar do tempo o sujeito obsessivo fecha-se cada vez mais neste sentimento avassalador a que ele dá o nome de ‘amor’. É tomado por alto grau de controle e possessividade junto ao seu objeto amado, torna-se emocionalmente dependente do seu desejo – muitas vezes ou não percebe ou não admite, transforma este sentimento em uma necessidade fundamental para viver, são impulsivas e inconsequentes, naturalmente comprometem a sua própria vida como um todo em função deste sentimento descompassado causando prejuízos de ordem material e psicológica, comumente apresentam grandes e sérias crises de ansiedade e estresse que podem ser descarregadas na comida, no álcool, no cigarronas drogas. Pior ainda quando são rejeitados de alguma forma, seja durante um relacionamento concreto e também quando não há vínculo algum, pois o sentimento de rejeição é percebido no psiquismo como desprezo.

A psicóloga e especialista em terapia familiar Thais Souza afirma que, por mais que a outra pessoa, isto é, o objeto de amor da pessoa obsessiva, deixe claro que não deseja o relacionamento, geralmente a obsessão faz com que a pessoa não enxergue isto e continue agindo de modo a chamar a atenção do outro, chegando até mesmo a se tornar agressiva e ameaçadora com quem diz amar. Pessoas obsessivas por outras tendem a ter a percepção de que estão ligadas a quem dizem amar, “pelo destino”, e estão convencidas de que o seu objetivo de vida é superar a resistência da pessoa amada porque acreditam que, no fundo, ela deseja isto.



Basicamente o sujeito obsessivo é altamente instável, emocionalmente desestruturado, portador de um vazio interior absurdo, permeado por uma carência sem fim, incapaz de firmar relações diversas de modo saudável, carregadas de traumas infantis, um frustrado ambulante que projeta no outro, no seu objeto de amor, a famosa “tábua de salvação”, aquele ser iluminado e especial que irá, a qualquer preço, tapar esses buracos e dar um fim a todos os seus sofrimentos. Assim, oscilam entre a fantasia e a realidade, e muitas vezes acabam perder a noção do limite entre estes pontos. As fantasias funcionam como uma espécie de instrumento de fuga da realidade interior, sendo esta sentida como uma dor quase insuportável.




Nota: pessoas obsessivas facilmente são acompanhadas de ciúme doentio.
Para quem é vítima de alguém obsessivo, sugiro correr para o lado oposto, e proteger-se ao máximo em todas as esferas cabidas. Seja realista e jogue no lixo as esperanças de que um dia um raio mágico irá cair do céu, pois a criatura não irá desistir até que algo de muita expressão o barre. Lembre-se de que o melhor amigo do obsessivo se chama delírio. E lembre-se também que o planeta Terra possui mais de 7 bilhões de habitantes, ou seja, com certeza há várias pessoas bacanas com o verdadeiro amor para dar.

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