sábado, 18 de janeiro de 2014



Morrer de amores é uma coisa totalmente emocional, né? Pelo contrário: é totalmente “racional”.
Apaixonar-se pode causar estragos em seu corpo. O coração acelera, a barriga embrulha, você entra numa montanha russa emocional, sentindo-se delirantemente feliz em um minuto, e ansioso e desesperado no próximo.

E esses sentimentos românticos intensos não vêm do coração; vêm do cérebro.
Em um pequeno estudo, pesquisadores analisaram imagens de ressonância magnética do cérebro de 10 mulheres e 7 homens que afirmaram estar profundamente apaixonados.
O comprimento das suas relações variava de um mês a menos de dois anos. Os participantes viram fotos de seus amados, e fotos de uma pessoa com aparência semelhante.

Os cérebros dos participantes reagiram às fotos de seus amores produzindo respostas emocionais nas mesmas partes do cérebro normalmente envolvidas com a motivação e recompensa. Ou seja, esse tipo de amor usa o mesmo sistema no cérebro ativado quando uma pessoa é viciada em drogas.
Em outras palavras, você começa a desejar a pessoa por quem está apaixonado como desejaria uma droga.

Especialistas dizem que o amor romântico é uma das emoções mais poderosas que uma pessoa pode ter.
Nossos cérebros sabem que temos que escolher um parceiro. Eles se tornam motivados para conquistar o companheiro ou companheira, às vezes indo a extremos para obter a sua atenção e carinho.

A parte de recompensa do cérebro, também chamada de centro do prazer, é uma parte essencial do cérebro para sobreviver nessa situação, pois nos ajuda a reconhecer quando algo é bom. E o esforço para se sentir bem em torno de seu companheiro pode ser ainda mais poderoso do que o desejo por sexo.
Mas quando conquistamos nosso amor, esse sentimento de desejo/vício desaparece? Não completamente.

Em outro estudo, cientistas analisaram exames de ressonância magnética de 10 mulheres e 7 homens que estavam casados há uma média de 21 anos e afirmavam ainda estar intensamente apaixonados por seus parceiros.
Os pesquisadores descobriram que em cada um desses amantes de longo prazo, as regiões cerebrais também foram ativadas quando eles olharam para fotos de seus parceiros. “Amor a longo prazo” ativava regiões do cérebro ligadas ao apego e gostar de uma recompensa.

Às vezes, conquistar uma pessoa não desfaz, mas aumenta a ligação entre as pessoas, que permite que os parceiros fiquem juntos por tempo suficiente para ter e criar filhos.
Mas estudos do cérebro sugerem que o amor muda ao longo do tempo. As pessoas se acostumam com o relacionamento, perdendo o medo do parceiro as deixar, então não se focam tanto no desejo.

[LiveScience]

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